quinta-feira, 26 de março de 2015

Do que me desagrada,
 o que me desaponta
 e me desabona.
Abandona-me.
Ferve-me o sangue
E sinto as veias por dentro queimarem com a circulação
Faz-me culpado por todos os crimes
Desencaminha ainda mais meus sentidos
Meus tornozelos não sabem que caminho seguir
Na verdade eles e todo meu corpo só queriam novamente estar
No alto daquela montanha, onde posso ver tudo.
Mas não vejo nada.

Só sinto o vento. 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Escreva

Escreva uma carta
Dizendo o que sente
Que sente Saudade
De ser remetente

Escreva uma carta
Prevendo o futuro
Lembrando o passado
E peça ao presente

Pra ser generoso
no fim tudo é fogo
Que arde no ar
Que queima um mar


Escreva o que quiser falar
E deixa o vento entregar 

Ao destinatário

Escreva sem se arrepender
ninguém fala por você

ninguém tá preocupado

Escreva sem pressa
Não baixe a guarda
Não guarde as armas
Não perca a ternura (jamais)